quarta-feira, 14 de julho de 2010

Como são as proteínas?

O melhor jeito de explicar uma macromolécula, ou coisas menores, é através de uma equação matemática, mas este não é o nosso propósito aqui. Logo, a melhor maneira de explicá-las é utilizar uma analogia, ou seja, relacionar o modo como as coisas são ou funcionam com outras que estamos mais familiarizados. Por exemplo, as proteínas lembram um colar de pérolas pois são formadas por pequenas unidades, conhecidas como aminoácidos, interconectadas à seguinte pelo que chamamos de ligação peptídica. Esta ligação foi identificada simultaneamente pelo químico Emil Fischer (1852-1919) e pelo fisiologista Franz Hofmeister (1850-1922) em 1902.

Como existem 20 tipos diferentes de aminoácidos, teríamos que imaginar um colar mais ‘fashion’, onde as unidades possuiriam cores e formas diferentes (pirâmides, cubos e esferas por exemplo). Perceba que existem proteínas diferentes porque estas podem ser compostas de sequências diferentes. Por exemplo, uma proteína seria formada por uma sequência pirâmide-vermelho/cubo-azul/esfera-verde/esfera-vermelha/etc/etc e outra por esfera-vermelha/esfera-vermelha/pirâmide-verde/esfera-azul/etc/etc, podendo ter também extensão diferente (algo entre 50 e 3000 aminoácidos). Demos um importante passo para entender como a informação de um organismo está codificada no seu genoma. De modo bem simples, a sequência de aminoácidos e o tamanho de uma proteína, dependem da sequência e do tamanho de um gene.

Para terminar, precisamos de uma outra analogia. As proteínas não são lineares, a cadeia de aminoácidos se dobra sobre si mesma de forma especial e única, como se fosse um novelo de lã, daí chamarmos este processo de enovelamento. E esta forma especial e única, a estrutura tri-dimensional, está intimamente ligada à sequência, que vimos acima, e à função da proteína.

(escrito originalmente em 01/2004)

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